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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Insconsciente coletivo

Enquanto vemos acontecer um decréscimo enorme em nossa evolução educacional, sem qualquer clamor da sociedade, que parece não ter autonomia intelectual, não luta pela própria opinião, não faz um embate honesto entre pessoas dispostas a pensar e atuar sobre determinado assunto;

Para o governo, a classe média brasileira é composta de famílias com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019, o que deixa 53% dos brasileiros no grupo. Mas o critério oficial não é consenso, já que dentro dessa faixa, a classe média “baixa” tem renda de R$ 291 a R$ 441 por cada membro da família, a média de R$ 441 a R$ 641 e a classe média alta teria renda superior a R$ 641 e inferior a R$ 1.019. Outro critério é a “vulnerabilidade econômica”, ou seja, a probabilidade de retorno à condição de pobreza. Concluindo, se você consome, você é classe média, se você não consome, você é classe baixa;

Segundo a mídia a Comissão da Verdade apura a morte de índios que pode quintuplicar as vítimas da anátema que foi a Ditadura Militar, um regime autoritário e retrógrado que até hoje encontra saudosistas e defensores, capazes das comparações mais esdrúxulas! Comparar a economia, o crescimento e a atual corrupção no governo ao tempo do regime militar, precursor da exploração do país pelo capital extrangeiro é absurdamente parvo! É demonstrar toda ignorância que o inconsciente coletivo é capaz de sustentar;

Os problemas do governo de hoje não desculpam o desastre que foi a forma de governar dos militares. Ao final da ditadura não tínhamos escolas nem hospitais públicos decentes, estávamos numa profunda crise econômica e num país miserável e violento. O aumento da violência urbana hoje no país não vem sendo causado pelo fim da "disciplina" militar na gestão pública, mas, entre outras coisas, por desigualdades sociais antigas que os militares só aprofundaram. O regime militar nunca instituiu políticas de educação ao povo, mas deixou um legado no inconsciente coletivo, hoje podemos resolver as coisas na base da intolerância e da violência;

E dos comentários na matéria veiculada sobre o extermínio dos indígenas, poucos se dignaram ao menos consternarem-se diante das provas que supostamente sustentam esse genocídio. Em um tempo onde o consumo e a renda per capita são os únicos parâmetros a definir um ser humano como quantitativo a ser considerado, onde fica nossa humanidade?

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